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O PAPEL DO VEREADOR

Campos Belos - GO, 20/03/2012

A Câmara de Vereadores exerce a função do Poder Legislativo na esfera municipal. Onde as atribuições do vereador é diagnosticar a realidade da comunidade, apontar os problemas dessa comunidade e buscar providências junto aos órgãos competentes na solução dos mesmos. E também é função do vereador fiscalizar as contas do Poder Executivo Municipal, do próprio Legislativo e os atos do Poder Executivo (Prefeito), denunciando o que estiver ilegal ou imoral à população e aos órgãos competentes. Sendo assim, o vereador é o fiscal do dinheiro público, é responsável pela garantia dos direitos dos cidadãos e cidadãs. Outra importante atribuição a um vereador é a elaboração da Lei Orgânica do Município. Esse documento consiste numa espécie de Constituição Municipal, na qual há um conjunto de medidas para proporcionar melhorias para a população local. O prefeito, sob fiscalização da Câmara de Vereadores, deve cumprir a Lei Orgânica.
Os vereadores são eleitos através do voto direto, e o seu mandato tem duração de 4 anos, sendo que a reeleição infelizmente é ilimitada. A quantidade de membros desse cargo político é de acordo com o contingente populacional de cada município. Porém, foi estabelecido um número mínimo de 9 e um máximo de 55 vereadores por município. E para se candidatar é necessário atender aos seguintes requisitos:
  • Ter nacionalidade brasileira;
  • Estar filiado em algum partido político;
  • Ter idade mínima de 18 anos;
  • Possuir domicílio eleitoral no município pelo qual concorre ao cargo;
  • Ter pleno exercício dos direitos políticos.
Atualmente, desde as eleições de 2010, o Brasil possui 57.748 vereadores. No entanto, nas eleições de 2012, esse número será de 59.500, visto que a população brasileira está em constante aumento quantitativo.
Teríamos uma sociedade mais justa e igualitária se todos os vereadores cumprissem verdadeiramente as suas atribuições. É bom lembrar que pela estrutura da sociedade brasileira, ao vereador é sempre cobrada a função de assistencialista. São os costumes “coronelísticos” que persistem como herança política da República Velha ainda nos tempos atuais. Esse pensamento desfigura a ação política e compromete o eleitor, vitima maior, por falta de educação política, e na maioria das vezes, muitos vereadores que não dispõem de recursos materiais para dar assistência ao seu eleitorado, obriga-se ao cabresto dos Prefeitos. Na verdade, tanto o eleitorado quanto aos vereadores predomina-se a escassez de educação política. Não esqueça que se aproximam as próximas eleições.

Questãos:
1.      Você se sente representado pelos seus vereadores no seu município?
2.      Discuta com seus amigos, visinhos ou grupos sociais que você participa e deixe sua opinião sobre esse assunto com referência ao seu município:

Prof. Josivaldo Moreira de Carvalho     

Fonte:Brasil Escola



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INCLUSÃO ESCOLAR
15/03/2012

A inclusão escolar é um processo em que se amplia a participação de todos os estudantes nos estabelecimentos de ensino regular público ou particular. Trata-se de uma reestruturação da cultura, da prática e das políticas vivenciadas nas escolas de modo que estas respondam à diversidade de alunos. É uma abordagem humanística, democrática, que percebe o sujeito e suas particularidades, tendo como objetivos o crescimento, a satisfação pessoal e a inserção social de todos.
No Brasil, antes da Constituição de 1988 já se garantia por Lei a educação especial para os portadores de necessidades especiais onde era definido que os alunos com necessidades especiais deveriam ser atendidos “preferencialmente” na rede regular de ensino. A Lei 4.024, de 1961, também afirmava que “no que for possível” as crianças com necessidades especiais deveriam ser atendidas na rede regular de ensino. Porém, esses termos “preferencialmente” e “no que for possível” impediram o cumprimento dessa e de outras leis de inclusão das crianças na rede regular de ensino. Daí a importância das organizações discutirem uma nova Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, onde resultou em uma ampla discussão realizada nos diversos fóruns educacionais sobre inclusão no País, as conquistas do movimento das pessoas portadoras de necessidades especiais, bem como os avanços dos marcos legais e educacionais, e toda essa discussão foram sistematizadas em um valioso documento que configura a educação inclusiva como uma ação política, cultural, social e pedagógica em defesa do direito de todos a uma educação de qualidade e da organização de um sistema educacional inclusivo.
Todavia, a escola inclusiva deve ser construída coletivamente pela comunidade escolar que passa por uma mudança do ambiente escolar como um todo, desde o espaço físico, metodologia na sala de aula, reconstruindo as matrizes de habilidades, formas e critérios de avaliação. Nesse sentido se estabelece uma Inclusão com Responsabilidade, que implica compromisso com o processo educacional por parte de toda comunidade escolar e diversas organizações que estão envolvidas.
Para que se tenha uma verdadeira inclusão, deve repensar a formação dos educadores que não é uma formação para a inclusão, pois não há como preparar alguém para a diversidade, deve se pensar em uma formação na inclusão. Quando a formação é feita na inclusão o educador não recebe respostas prontas, não se trata de uma habilitação para atender as dificuldades possíveis encontradas em sala de aula, mas é uma formação que trabalha o olhar do educador sobre seu aluno, que lhe garante o acesso ao conhecimento sobre as particularidades de seus alunos e que o ajuda a compreender as necessidades que esse possa ter, a entender que tipo de apoio é necessário, e onde buscá-lo.
Diante dos diversos fatores que são importantes na formação dos educadores, a questão da avaliação é fundamental, que deve ser feita com muito critério e com uma metodologia diversificada. Para isso, é importante a observação dos aspectos emocionais de acordo com a aplicação dos conteúdos que podem interferir no processo de aprendizagem do aluno, observar também o grau de interesse pessoal pelos temas trabalhados e pela forma de avaliação feita pelo educador. A avaliação deve ser continua, durante todo o processo de ensino – aprendizagem, não simplesmente por meio de “provas” que limita o aluno de mostrar suas habilidades desenvolvidas bem com suas competências.
Considerando que a escola não é inclusa pelo fato de ter rampas e banheiros adaptados como afirma Maria Teresa Eglér Mantoan em uma entrevista, deve construir um bom Projeto Político Pedagógico que parte de uma reflexão sobre a postura de cada um no processo de ensino – aprendizagem. Portanto, a diversificação das práticas pedagógicas em sala de aula, a integração de todos da escola no desenvolvimento das atividades dentro e fora da sala de aula contribuirá com o processo de ampliação da participação de todos os estudantes, educadores, pais, funcionários administrativos com a construção de uma verdadeira escola inclusiva. Pois a inclusão é uma questão mundial e cada país busca historicamente o atendimento a pessoas com deficiências, transtornos globais de desenvolvimento, superdotação (altas habilidades) e, por isso muitos deles estão fechando as escolas especiais mantidas pelo governo e estão matriculando as pessoas com essas necessidades especiais em escolar da rede regular. Ainda falta muito que tenhamos um sistema educacional inclusivo. Temos que mudar nossa postura profissional diante dos aspectos sociocultural, socioeconômico, sociopolítico e afetiva como educadores, governantes e sociedade organizada.
Prof. Vanuza Rita de Oliveira Carvalho

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CARLO, Marisya de; BARTALOTTI, Celina. (org). Terapia Ocupacional no Brasil - Fundamentos e Perspectivas. São Paulo, Plexus Editora, 2001.
SILVA, Karla Fernanda Wunder. Texto: INCLUSÃO ESCOLAR: LEVANTANDO POSSIBILIDADES, ENCARANDO AS DIFICULDADES. Licenciada em Pedagogia Educação Especial/PUCRS, Especialista em Psicopedagogia Clínica/UCB, Mestre em Educação/UFRGS.
MONTON, Maria Tereza Égler. Entrevista sobre Inclusão. Inclusão Promove a Just

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AQUISIÇÃO DA LINGUAGEM: CONSIDERAÇÕES DA PERSPECTIVA DA INTERAÇÃO SOCIAL
10/03/2012
A aquisição da linguagem influenciada pelos fatores sociais teve grande avanço com as críticas às considerações de Chomsky, ele dizia que havia uma "pobreza dos estímulos" e, neste sentido, a criança não poderia adquirir a linguagem a partir do meio social. Mas, vários autores da perspectiva da interação social para aquisição da linguagem são contrários a esta afirmação de Chomsky, eles afirmam que é importante sim a interação social para aquisição da linguagem principalmente as relações da criança com a mãe. Essas relações representam um sistema diligente, segundo o qual ambos contribuem com suas experiências e conhecimentos para o sentido da interação.
Nesta perspectiva a linguagem é compreendida, como comunicação, anterior a origem das palavras.  É importante compreendermos que a linguagem é considerada primeira forma de socialização da criança, e, muita das vezes, é realizada pelos pais por meio de instruções verbais durante atividades diárias, assim como através de histórias que expressam valores sócio-culturais. Entre as diversas formas de socialização da linguagem também pode acontecer de forma implícita, através da participação em interações verbais que têm marcações sutis de papéis e status.
Neste sentido, com a linguagem da criança antes mesmo de aprender a falar, ela adquire valores, crenças e regras, elaborando dessa forma os conhecimentos de sua cultura. À medida que a criança se desenvolve, seu sistema sensorial - incluindo a visão e audição - se torna mais refinado e ela alcança um nível lingüístico e cognitivo mais elevado, enquanto seu campo de socialização se estende, principalmente quando ela entra para a escola e tem maior oportunidade de interagir com outras crianças. Quanto mais cedo à criança ampliam suas relações sociais, mais benefício obterá a curto ou longo prazo, isso, levando em consideração as experiências e aprendizagens da conseqüência de tais interações.
A linguagem refere-se a um sistema de sinais que tem duas faces, uma é a significante compreendida no aspecto formal da linguagem constituído pela junção hierárquico dos elementos como fonemas, palavras, orações e discursos. Os fonemas integram palavras, as palavras combinam-se em orações, e as orações se enquadram no discurso. E outra face é o significado, onde se refere ao aspecto funcional da linguagem, considerado como o responsável pela comunicação no meio social.
Falando um pouco dos aspectos fonológicos, semânticos e sintáticos da fala, conhecendo o contexto onde ocorre a fala, é provável compartilhar o tema sem necessariamente verbalizar a intenção do indivíduo. Um exemplo disso, uma criança que estende a mão ao ver sua mãe comendo uma maçã, não basicamente precisa verbalizar seu desejo pela maçã, sendo o seu gesto suficiente para o entendimento da mãe.
Muitos estudiosos sobre a aquisição da linguagem argumentam que há uma pragmática no sentido de enfatizar a perspectiva da interação social nas explicações sobre a aquisição da linguagem infantil. Baseada nesta perspectiva, a criança adquire a linguagem a partir da interação dos aspectos biológicos com os processos sociais. É importante salientar que é fundamental o nosso entendimento que a interação social é um elemento necessário para a criança adquirir a linguagem. Todavia, as relações da criança com os adultos são essenciais para o desenvolvimento das habilidades lingüísticas, onde constitui um sistema ativo, contribuindo nesse sentido, com suas experiências e conhecimentos para o rumo da interação, estabelecendo uma relação recíproca e bidirecional. Veja que o adulto tem grande papel no processo da aquisição da linguagem da criança bem como sua participação recíproca.
Portanto, é possivel afirmar que, a aquisição da linguagem é o processo pelo qual a criança aprende sua língua materna. A respeito desse processo, há alumas razões para afirmar que a aquisição da primeira língua é a maior façanha, de um processo individual, que o individuo realizar durante toda a sua vida. Compreender esse processo é  considerado uma das tarefas mais importante da lingüística. A linguagem segundo alguns estudiosos é o meio de adequação do indivíduo a sociedade, onde pode ser como meio tradicional de comunicação. Entretanto, a linguagem é o instrumento de transmissão de idéias, bem como da ocultaçao dessas, da alienação e da segregação das idéias.
A aquisição da linguagem sofre variações no contexto sociocultural em que os individuos vivem. A variação entre contextos é marcada pelos diferentes modelos de uso da linguagem que o meio social oferece. E estes modelos são apresentados de acordo com os modos de vida e os tipos de interações do meio social dos indivíduos, ou seja, estar relacionado aos seus hábitos e necessidades de adaptação. Por fim, na educação infantil, os educadores deve minimamente compreender o processo da aquisição da linguagem e fazer suas considerações da perspectivas sobre a interação social. Saber que é de grande importância essa interação criança – adulto – criança no processo de produção do conhecimento e compreensão da realidade sociocultural da qual a criança estar inserida.
 VANUZA RITA DE OLIVEIRA CARVALHO

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:

Villa, I. (1995). Aquisição da linguagem. Em C. Coll, J. Palácios & A. Marchesi (Orgs.), Desenvolvimento psicológico e educação (Vol. 1, pp. 69-80). Porto Alegre.

Chomsky, N. (1998). Linguagem e mente: Pensamentos atuais sobre antigos problemas. Brasília: Editora da UNB.         

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